Por dentro do coração chagásico:

116 anos da Doença de Chagas

A doença de Chagas foi descrita há 116 anos, em 14 de abril de 1909, pelo médico e sanitarista Carlos Chagas. A infecção é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e transmitida principalmente pelo inseto "barbeiro" (Triatominae), principal vetor da doença.

Os humanos participam do ciclo como hospedeiros, sendo contaminados através da picada do barbeiro infectado que pode permanecer em residências, em locais escuros e pouco movimentados como em frestas de paredes e atrás de móveis.

A infecção causa diversas mudanças na estrutura de determinados órgãos do corpo humano, especialmente o coração. Nele, é identificado um aumento do tamanho do coração, por conta da hipertrofia do músculo, bem como lesões no miocárdio.

Apresentamos dois modelos tridimensionais que foram provenientes de corações preservados na Coleção da Seção de Anatomia Patológica (CSAP), e integram o conjunto de acervos histopatológicos sob a guarda do Museu da Patologia do Instituto Oswaldo Cruz: Coleções biológicas | Portal Fiocruz

[1] Peça anatômica nº 0096, Coração de paciente com cardiopatia chagásica, seccionado e de tamanho alterado. Único exemplar conhecido e estudado pelo pesquisador Emmanuel Dias para a descrição da cardiopatia chagásica, em 1947, proveniente da cidade de Bambuí, Minas Gerais. Acervo do Museu da Patologia do Instituto Oswaldo Cruz.

[2] Peça anatômica nº 0742, coração saudável, seccionado e de tamanho normal. O modelo serve de comparação ao coração chagásico, com as paredes das câmaras cardíacas e as válvulas expostas.

Convidamos o público para uma experiência interativa e imersiva!
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Coração com doença de Chagas

Peça anatômica nº 0096, modelo utilizado para descrever a cardiopatia chagásica pelo pesquisador Emannuel Dias, em 1947. Apresenta lesões da fase crônica da doença, como perdas da atividade contrátil do miocárdio e alteração do tamanho do coração.

Coração normal

Peça anatômica n° 0742, Coração saudável de paciente, seccionado e tamanho normal. Com a intenção de expor as paredes das câmaras cardíacas e as válvulas. Acervo do Museu da Patologia do Instituto Oswaldo Cruz.

Imagem do processo de escaneamento 3D

Legenda: Processo de escaneamento tridimensional: [1] Acima, à esquerda, peças anatômicas da Coleção da Seção de Anatomia Patológica (CSAP); [2] Acima, à direita, sistema de escaneamento tridimensional sendo utilizado na digitalização da peça anatômica; [3] Abaixo, à esquerda, renderização da peça anatômica; [4] Abaixo, à direita, modelo tridimensional finalizado. Acervo do Museu da Patologia do Instituto Oswaldo Cruz.

Preservação digital do Museu da Patologia

O Museu da Patologia do Instituto Oswaldo Cruz em parceria com o Preservo - Complexo de Acervos da Fiocruz, promove ações de preservação digital na Coleção da Seção de Anatomia Patológica (CSAP). Disponibilizamos, aqui, os resultados iniciais das primeiras peças anatômica escaneadas por meio de equipamentos de última geração, possibilitando uma compreensão mais profunda das estruturas anatômicas e das alterações patológicas. As ações buscam facilitar o acesso, a pesquisa e a divulgação do patrimônio histórico-científico da saúde.